Infiltração intradiscal - É uma técnica utilizada para o tratamento da dor na coluna vertebral com origem no disco intervertebral. Consiste na injeção de uma variedade de fármacos, incluindo corticosteroides, anestésicos locais e outros medicamentos anti-inflamatórios a nível do disco intervertebral de forma a melhorar as queixas álgicas do doente.

Terapêutica intradiscal por radiofrequência - A radiofrequência é um procedimento não cirúrgico, seguro e de eficácia comprovada, utilizado no tratamento da dor. É realizada em regime de ambulatório (sem necessidade de internamento), em ambiente estéril e com recurso aos meios imagiológicos (raio-x, TAC ou ecografia) o que aumenta a segurança e eficácia do procedimento. Esta técnica consiste na colocação de um eletrodo a nível do disco intervertebral permitindo a transmissão de uma corrente eletrica de alta frequência que provoca o bloqueio de nervos responsáveis pela origem da dor. Para este procedimento é necessário realizar um jejum prévio de 6 horas sendo que, na maioria dos casos, não são necessários ajustes na terapêutica habitual (nomeadamente fármacos que alteram os valores de coagulação). Apos a sua realização, do doente apresenta uma melhoria progressiva da dor, prevendo-se um tempo de otimização entre 6 a 8 semanas ate obtenção dos resultados finais.  

Infiltração facetária - A infiltração facetária é uma técnica que envolve a injeção de fármacos de forma a aliviar a dor e a inflamação nas articulações facetarias da coluna vertebral. As articulações facetarias são pequenas articulações no arco posterior da coluna vertebral que controlam a mobilização das vértebras. Quando essas articulações ficam danificadas ou inflamadas, podem causar dor nesta região da coluna. A infiltração facetária é realizada por um médico, usando imagens para guiar a injeção de forma precisa na articulação facetaria afetada. O objetivo é fornecer alívio da dor e redução da inflamação a longo prazo.

Desinervação facetária por radiofrequência - A radiofrequência é um procedimento não cirúrgico, seguro e eficaz, utilizado no tratamento da dor. Tem como objetivo interromper a transmissão neurológica da informação da dor através da lesão da estrutura nervosa responsável pela sua origem. Esta técnica, pode ser utilizado em vários tipos de dor, nomeadamente na dor facetária da coluna (tendo como alvo o ramo médio), na dor articular por osteoartrose ou na dor pós-cirúrgica. A radiofrequência é realizada em regime de ambulatório (sem necessidade de internamento), em ambiente estéril e com recurso aos meios imagiológicos (raio-x, TAC ou ecografia) o que aumenta a segurança e eficácia do procedimento. Através de uma corrente elétrica de alta frequência transmitida até ao elétrodo colocado na ponta de uma agulha é provocado um bloqueio no nervo, impedindo-o de conduzir o sinal da dor até o cérebro.
Para este procedimento é necessário realizar um jejum prévio de 6 horas sendo que, na maioria dos casos, não são necessários ajustes na terapêutica habitual (nomeadamente fármacos que alteram os valores de coagulação)
Nas primeiras duas semanas após o tratamento pode existir uma modulação das características da dor, seguida de uma diminuição progressiva da mesma durante 6 a 8 semanas subsequentes.  

Bloqueio e infiltração das raízes nervosas - O bloqueio consiste na administração de anestésicos locais (em alguns casos associados com outro tipo de medicação) na região das estruturas nervosas responsáveis pela origem da dor. Esta técnica é realizada na maioria das vezes sob controlo ecográfico, em regime de ambulatório e em ambiente estéril. Os resultados desta terapia variam de acordo com a estrutura intervencionada e os fármacos utilizados. A infiltração promove o alívio sintomático e rápido da dor em estruturas neurológicas e osteoarticulares.

Aplicação de radiofrequência pulsátil – Esta técnica é utilizada apenas em indicações específicas e em estruturas nervosas mistas (sensitivas e motoras) de forma a prevenir défices motores e sensitivos. Na radiofrequência pulsátil, a dor é modulada através do campo eletromagnético uma vez que a corrente não é aplicada de forma contínua e por esse motivo não é gerado calor suficiente para queimar o nervo. Este procedimento é realizado em regime de ambulatório (sem necessidade de internamento), em ambiente estéril e com recurso a meios imagiológicos complementares como raio-x, TAC ou ecografia. Através de uma corrente elétrica de alta frequência transmitida até ao elétrodo colocado na ponta de uma agulha é provocado um bloqueio no nervo, impedindo-o de conduzir o sinal da dor até o cérebro.

Implantação de neuro-estimuladores - É uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que consiste na colocação de um implante a nível da coluna que permite o controlo e modulação de dor. Este dispositivo é conectado a eletrodos permitindo a estimulação de nervos específicos. É programado para fornecer estimulação elétrica de forma contínua ou intermitente, permitindo o alívio da dor crônica e melhoria a qualidade de vida do paciente.  

Bloqueios epidurais com medicamentos - Frequentemente utilizadas a nível da região lombar, as técnicas epidurais estão indicadas para quadros agudos ou sub-agudos de dor lombar com irradiação radicular para os membros inferiores, em que a terapêutica conservadora (farmacológica e fisioterapia) não foi eficaz. Esta técnica consiste na infiltração com anestésicos locais e/ou corticoides no espaço epidural por via interlaminar, transforaminal (mais direcionada à raiz afetada, sendo realizada com apoio imagiológico) ou, mais raramente, por via do canal sacrococcígeo. São efetuadas em regime de ambulatório, em ambiente esterilizado, com recurso a anestesia local.

Implantes de bombas de medicação - Os implantes de bombas de medicação são dispositivos médicos utilizados no tratamento da dor crônica. Durante este procedimento, uma bomba de medicação é colocada sob a pele do doente, sendo conectada a um cateter que é direcionado para a área dolorosa. A bomba de medicação é programada para liberar medicamentos de forma contínua ou intermitente, diretamente no local da dor, aliviando assim os sintomas da dor crônica. Esta técnica pode ser uma opção efetiva para pacientes que não respondem a outros tratamentos sendo geralmente combinada com fisioterapia e terapia medicamentosa.